O primeiro presidente eleito foi o dr. Antônio Cajado de Lemos, que dirigiu a subseção de 1933 a 1939. O jornal Correio Paulistano publicou nota sobre a reeleição do advogado em 1936:
"No dia 6 do corrente, realizou-se, em Araçatuba, a eleição para membros da directoria da 28ª sub-secção da Ordem dos Advogados do Brasil, com sede naquela cidade, compreendendo as comarcas de Biriguy e Pennapolis. Foram eleitos os seguintes candidatos: - Dr. Antônio Cajado de Lemos (reeleito) para presidente; dr. Fortunato Ferreira Guarlia, para 1º secretário; e dr. Manuel Alves de Lima Maldonado, para 2º secretário, os quaes foram, desde logo, empossados. " Correio Paulistano, 1936
Correio Paulistano, 1936
1ª Diretoria
Presidente: Antônio Cajado de Lemos
Vice-presidente: Dirceu de Moraes
1º secretário: José Teodorico de Lima
2º secretário: Esmar Pimenta
Tesoureiro: Manuel Alves de Lima Maldonado
No início, as atividades e reuniões da Ordem em Araçatuba eram realizadas em uma sala situada no Fórum e, em 1982, quando a 28ª subseção completava 50 anos, sob a gestão do dr. Clemente Cavasana, foi recebido como doação da Prefeitura Municipal o terreno para que a sede da Ordem fosse construída. Naquele mesmo ano, a Casa do Advogado e da Cidadania de Araçatuba foi inaugurada ao lado do Fórum.
Terreno cedido pela Prefeitura
Em 2001, a subseção recebeu a Sede Regional da CAASP e a ESA. No ano de 2004, a Ordem de Araçatuba passou a sediar a 21ª Turma do TED da OAB/SP.
Diretoria Atual
Presidente: Sandro Laudelino Ferreira Cardoso
Vice-Presidente: Edmur Adão Da Silva
Secretário Geral: Rodrigo Rister de Oliveira
Secretária Adjunta: Lucila Ruriko Koga Gomes dos Santos
Tesoureiro: Alexandro Rodrigues De Jesus
Galeria de ex-presidentes
1932/1935 - Antônio Cajado de Lemos
1935/1937 - Antônio Cajado de Lemos
1937/1939 - Antônio Cajado de Lemos
1939/1941 - José Coelho Junior
1941/1943 - José Coelho Junior
1943/1945 - José Coelho Junior
1945/1947 - José Coelho Junior
1947/1949 - Jacob G. da Silva
1949/1951 - Jacob G. da Silva
1951/1953 - Jacob G. da Silva
1953/1955 - José Coelho Junior
1955/1957 - Péricles Pimentel Salgado
1957/1959 - Péricles Pimentel Salgado
1959/1961 - José Marcondes Neto
1961/1963 - Clóvis de Arruda Campos
1963/1965 - Hugo Lippe Júnior
1965/1967 - Henrique de Carvalho
1967/1969 - Ivanildo Furtado Marcondes
1969/1971 - Mauricio Martins Leite
1971/1973 - Mauricio Martins Leite
1973/1975 - Sergio Caputi de Sylos
1975/1977 - Jorge Nemer Elias
1977/1979 - Clemente Cavazana
1979/1981 - Moacir de Jesus Souza Ferreira
1981/1983 - Clemente Cavazana
1983/1985 - Clemente Cavazana
1985/1987 - Carlos Andrade
1987/1989 - João Antonio de Araujo Cintra
1989/1991 - Valdir Campoi
1991/1993 - Carlos Andrade
1993/1995 - Carlos Andrade
1995/1997 - Valdir Nascimbene
1998/2000 - Caio Luis de Paula e Silva
2001/2003 - Caio Luis de Paula e Silva
2004/2006 - José Roberto Quintana
2007/2009 - José Roberto Quintana
2010/2012 - Alceu Batista De Almeida Junior
2013/2015 - Alceu Batista De Almeida Junior
Um pouco mais de história...
Araçatuba em 1932
Em 1932, quando a OAB/SP emergia e quase simultaneamente suas 28 subseções, o Brasil, e especialmente o Estado de São Paulo, se encontrava imerso em um conflito político e ideológico, considerado o maior movimento cívico do Estado.
A data 9 de julho de 1932, o início da revolução, é reconhecida como símbolo dessas lutas que almejavam um Estado democrático de direito e o início de uma nova Constituição.
Sabe-se que naquele ano lideravam o movimento em Araçatuba o então prefeito João Arruda Brasil, Mário Camargo e Dário Ferreira Guarita. A sede do quartel general foi montada na Câmara Municipal, instalada na praça Rui Barbosa, na qual voluntários da cidade e região se encontravam para realizar suas inscrições e participar dos confrontos como soldados.
Antônio Cajado de Lemos, primeiro presidente eleito da 28ª subseção de Araçatuba, liderou o 2º Batalhão, que apoiou os combates no Mato Grosso do Sul, participando de batalhas.
Em 1932, o jornal Diário Nacional publicou nota sobre os voluntários de Araçatuba:
"É grande a animação que reina nesta cidade. Dia a dia avoluma-se o número de voluntários da mesma maneira que é sempre crescente o enthusiasmo na mocidade de Araçatuba. Hontem, partiram para essa capital, vários voluntários, na sua maioria pertencentes à alta sociedade local (...), o campo de aviação, mandado construir por ordem do Departamento de Administração Municipal, ficará pronto dentro em pouco. O prefeito municipal sr. Arruda Brasil, tem feito todo o possível para que essa obra fique dotada dos requisitos exigidos pela técnica de aviação" Diário Nacional, 2 de agosto de 1932
"O Batalhão MMDC de Araçatuba, partiu hoje às 9 horas, em trem especial para S. Paulo. Araçatuba já enviou 650 voluntários e reservistas..." Diário Nacional, 12 de agosto de 1932
Diário Nacional, 1932
A Capital do Boi Gordo
Araçatuba ficou conhecida como a "Capital do Boi Gordo", especialmente nas décadas de 1950 e 1960, devido à intensa exploração de gado, comitivas e frigoríficos. Frequentemente os criadores de gados se encontravam na praça central da cidade, a qual ficou conhecida como "Praça do Boi Gordo", atual praça Rui Barbosa, para realizar negociações envolvendo compra e venda de gado.
“Praça do Boi Gordo” – Fonte: Acervo Museu Marechal Rondon Araçatuba
Dentre os criadores de gado e empreendedores no mercado pecuário, estava o mineiro Sebastião Ferreira Maia, mais conhecido como Tião Maia, fundador do famoso frigorífico T.Maia. O empresário, reconhecido como um dos maiores do Brasil, atuou também na Austrália e nos Estados Unidos no segmento pecuário.
O jornal Estado de S. Paulo publicou matéria em 1990 sobre Tião Maia, relembrando sua trajetória como pecuário e seu possível retorno ao Brasil. Tião Maia faleceu em 2005, aos 89 anos, em São Paulo.
"Sebastião Ferreira Maia é um mineiro de Passos, cidade que deixou aos 18 anos para se fixar em Barretos. Ali ficou seis anos, indo depois para Araçatuba, onde comprou as primeiras terras. Vendeu madeira para a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e comprou os primeiros bezerros, dando início a sua carreira de pecuarista. Por volta de 1952, com 30 mil bois no pasto, decidiu construir o Frigorifico T. Maia S. A.…" O Estado de S. Paulo, 1990
O Estado de S. Paulo, 1990
Araçatuba, além de ter sido reconhecida por ser uma cidade influente no mercado pecuário, ficou conhecida como a primeira cidade do interior de São Paulo a asfaltar as ruas da cidade.
Rua em Araçatuba sendo asfaltada na década de 30