19ª Subseção

Em 1932, nasceram as primeiras 28 Subseções da OAB/SP. Entre elas, a 19ª está situada na cidade de Guaratinguetá.

Naquele ano, o jornal Diário Nacional publicou uma nota relacionando as inscrições deferidas. O advogado Sebastião Carneiro da Silva, que mais tarde seria eleito primeiro presidente da subseção, consta como inscrito na comarca de Guaratinguetá.

1ª Diretoria

Presidente: Sebastião Carneiro da Silva
Vice-presidente: João Batista Rangel de Camargo
1º Secretário: Adolfo Pôpe Bastos de Castro
2º Secretário: Teofilo dos Reis Junqueira
Tesoureiro: Agenor Prado

Em 1938 ocorreu a renúncia do então presidente Adriano Mendonça, que passou o título para seu vice, Adolpho Bastos de Castro. O fato foi noticiado pelo jornal Correio Paulistano :

"Renunciaram aos cargos que exerciam, o presidente da Ordem na 19ª sub-secção, de Guaratinguetá (...), para preencherem as vagas, foram sufragados unanimemente os nomes dos drs. Adolpho Bastos de Castro (...) devendo a todos serem feitas as devidas comunicações." Correio Paulistano, 1938

No ano seguinte, o então secretário, dr. Darcy Leite Pereira, iniciou a documentação histórica em ata das reuniões realizadas pela 19ª subseção. Na ocasião descrita em 1939, a presidência era por ele assumida:

No início, as reuniões da subseção aconteciam nas salas do edifício do antigo Fórum, na Praça Conselheiro Rodrigues Alves, e, em 2008, com o apoio da OAB/SP, foi inaugurada a Casa da Advocacia, sob a presidência do dr. José Hélio Marins Galvão Nunes.



Diretoria Atual 2016/2018:

Presidente: Luiz Antônio Rebello
Vice-presidente: Maria Aparecida Mazella
Secretária geral: Eneida Maria Reis Silva Martins
Secretária adjunta: Erich Ferri
Tesoureiro: Daniel Dixon de Carvalho Máximo

Galeria de ex-presidentes

1932/1935 - Sebastião Carneiro da Silva
1935/1937 - João Batista Rangel de Camargo
1937/1939 - Adriano Mendonça
1939/1941 - Darcy Leite Pereira
1941/1943 - Antônio Augusto de Carvalho Neto
1943/1945 - Antônio Augusto de Carvalho Neto
1945/1947 - Sebastião Carneiro da Silva
1949/1951 - Nazem Seraphim
1951/1953 - Nazem Seraphim
1953/1955 - Diomar Pereira da Rocha
1955/1957 - Anibal Nogueira de Mello
1957/1959 - Antônio Augusto de Carvalho Neto
1959/1961 - Nazem Seraphim
1961/1963 - Eduardo Kalil
1963/1965 - Edmo Machado
1965/1967 - Antônio Augusto de Carvalho Neto
1967/1969 - Antônio Castro Guimarães
1969/1971 - Francisco Marcelo Ortiz Filho
1971/1973 - Paulo Araújo Barros
1973/1975 - Francisco Marcelo Ortiz Filho
1975/1977 - Benedito Moreira Filho
1977/1979 - Adib Feres Saad
1979/1981 - Célio Cruz Silveira Martins
1981/1983 - Roberto Mauricio Gay
1983/1985 - Jair Gay
1985/1987 - Alberto Kalil
1987/1989 - Luiz Antônio Rebello
1989/1991 - Mariano Garcia Rodrigues
1991/1993 - Fabio Kalil Vilela Leite
1993/1995 - Fabio Kalil Vilela Leite
1995/1997 - Fabio Kalil Vilela Leite
1998/2000 - Fabio Kalil Vilela Leite
2001/2003 - Francisco Marcelo Ortiz Filho
2004/2006 - Maria Celia Rangel Sampaio
2007/2009 - Jose Hélio Marins Galvão Nunes
2010/2012 - Jose Hélio Marins Galvão Nunes
2012/2015 - Jose Hélio Marins Galvão Nunes

Um pouco mais de história...

Francisco de Paula Rodrigues Alves

Nascido em 1848 na cidade de Guaratinguetá, Rodrigues Alves formou-se em letras em 1865 e no ano seguinte ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo.

Foi um expoente na advocacia, sendo promotor, juiz de direito na cidade de Guaratinguetá e o quinto presidente do Brasil.

Como governador do Estado de São Paulo, recebeu homenagem publicada no jornal Correio Paulistano:

"O dr. Rodrigues Alves, cuja nobre figura enche o primeiro plano da vida política do Estado e cuja effigie orna hoje a nossa página de honra, é um cultor do direito que há de deixar da sua passagem na gestão dos negócios paulistas marcas indeléveis: provas inexcedíveis de escrúpulo pessoal, respeito à ordem jurídica e consequente amor à ordem legal." Correio Paulistano – Orgam Republicano, 1900

O jornal A Gazeta publicou em março de 1929 texto enaltecendo a atuação de Rodrigues Alves como presidente:

"Francisco de Paula Rodrigues Alves, que imprimiu o impulso dynamico que despertou, sacudiu e impulsionou o país. As estradas de ferro, os portos nacionais, a saúde pública, a remodelação da Capital, tudo isto foi obra do seu quatriênio, de espantosa e profícua atividade..." A Gazeta, 1929

Em homenagem ao ex-presidente, Guaratinguetá instalou em 1923 o monumento esculpido em bronze, que reproduz a figura de Rodrigues Alves. A estátua foi criada pelo escultor Antônio Pinto de Mattos:

"É preciso fazer amada a República, que há de ser grande pela união indissolúvel dos Estados, forte e respeitada pelo culto Incessante da Justiça e da Liberdade" (Rodrigues Alves – discurso de 23/10/1901)

Dr. Antônio Augusto de Carvalho Neto

Formou-se em Direito em 1938 no Rio de Janeiro e advogou na cidade de Guaratinguetá até 2002, quando faleceu com 88 anos. Antônio de Carvalho Neto ficou conhecido em Guaratinguetá como Dr. Netinho, sendo reconhecido como personalidade de notável relevância no âmbito da advocacia.

Em 1939 o jornal Correio Paulistano publicou a lista de inscrições deferidas de advogados na Ordem dos Advogados. Na 19ª subseção consta do nome do dr. Antônio de Carvalho Neto:

Com mais de cinquenta anos de atuação, Dr. Netinho foi professor de direito, prefeito, vereador, deputado estadual e presidente da 19ª subseção da Ordem dos Advogados diversas vezes.

Revolução de 1932

Em 1932, quando a Ordem dos Advogados nascia em São Paulo e simultaneamente em vinte e oito cidades do interior, o país se encontrava imerso em um contexto de contestações políticas caracterizado por lutas constitucionalistas que solicitavam liberdade e democracia.

A cidade de Guaratinguetá, na região do Vale do Paraíba, é reconhecida como uma das mais relevantes durante a revolução de 1932, sendo lembrada pela intensa luta armada, pelos inúmeros voluntários e batalhões, pelas trincheiras e os bombardeios que sofreu no final da revolução. No Vale do Paraíba, destacaram-se também as cidades de Aparecida, Cunha, Cachoeira Paulista, Taubaté, Areias e Lorena entre outras cidades conhecidas como "front" do Paraíba.

Em julho 1932, início da revolução constitucionalista, o jornal Correiro de S. Paulo publicou uma nota que ressalta a importância do Vale do Paraíba:

"A frente mais importante é a do Vale do Paraíba, onde a ditadura concentrou todas as tropas de sua confiança do Rio de Janeiro e mais as que o governo de Minas e os tenentes interventores puderam remeter-lhe..." Correio de S. Paulo, 1932