A 15ª subseção da OAB/SP foi criada em 1932 e está instalada na cidade de Orlândia. Naquele ano, o jornal Diário Nacional publicou a lista dos inscritos em cada subseção. Em Orlândia consta o dr. Alfredo Vasconcellos, que no ano seguinte foi eleito primeiro presidente.
1ª Diretoria
Presidente: Alfredo de Vasconcellos
Secretário: Sebastião José Lage
Tesoureiro: Claudio Manuel Romeiro
No início, as atividades da 15ª subseção aconteciam em uma sala fixada no Fórum da cidade e mais tarde, devido ao aumento de advogados inscritos na subseção e o desejo da classe de possuir uma sede, em 2006 a Casa do Advogado, reconhecida como Casa da Advocacia e Cidadania, foi inaugurada sob a gestão do dr. Luiz Eugênio Marques de Souza.
A Ordem dos Advogados de Orlândia conta, ainda, com sala de apoio instalada nas dependências do Fórum Estadual, a qual foi reinaugurada em 2014 como sala "dr. Júlio Bucci".
Além da cidade na qual está situada, a 15ª subseção da OAB/SP abrange as cidades de Sales Oliveira, Nuporanga e Morro Agudo totalizando mais de trezentos profissionais inscritos na subseção.
Diretoria Atual - 2016/2018
Presidente: Jaqueline Ribeiro Lamonato Claro
Vice-Presidente: Marco Antônio Figueiredo Filho
Secretário Geral: Luciano Rodrigues Jamel
Secretário Adjunto: Raphael Luiz Videira Carneiro
Tesoureira: Rosimeire Ap. Felipusso Vieira Canuto
Galeria de ex-presidentes
1933/1935 - Alfredo de Vasconcellos
1935/1937 - Alfredo de Vasconcellos
1937/1939 - Alfredo de Vasconcellos
1939/1941 - Alfredo de Vasconcellos
1941/1943 - Alfredo de Vasconcellos
1943/1945 - Alfredo de Vasconcellos
1945/1947 - Alfredo de Vasconcellos
1947/1949 - Alcides Costacurta
1949/1951 - Alcides Costacurta
1951/1953 - Alcides Costacurta
1953/1955 - Alcides Costacurta
1955/1957 - Alcides Costacurta
1957/1959 - Alcides Costacurta
1959/1961 - Alcides Costacurta
1961/1963 - Alcides Costacurta
1963/1965 - Julio Bucci
1965/1967 - Julio Bucci
1967/1969 - Julio Bucci
1969/1971 - Julio Bucci
1971/1973 - Julio Bucci
1973/1975 - Julio Bucci
1975/1977 - Julio Bucci
1977/1979 - Julio Bucci
1979/1981 - Julio Bucci
1981/1983 - José Jorge Marcussi
1983/1985 - José Jorge Marcussi
1985/1987 - José Jorge Marcussi
1987/1989 - José Jorge Marcussi
1989/1991 - José Jorge Marcussi
1991/1993 - Paulo Sérgio de Guimarães Cardoso
1993/1995 - Gilberto Massaro
1995/1998 - Paulo Sérgio de Guimarães Cardoso
1998/2000 - Julio César Massaro Bucci
2001/2003 - Nícolas Cutlac
2004/2006 - Luiz Eugênio Marques de Souza
2007/2009 - Luiz Eugênio Marques de Souza
2010/2012 - Luciano José Ribeiro
2013/2015 - Luiz Eugênio Marques de Souza
Um pouco mais de história...
Alfredo de Vasconcellos
Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Alfredo Vasconcellos chegou à cidade de Orlândia visando se estabelecer profissionalmente. Em 1916 construiu uma casa na esquina da rua 4 com a Avenida do Café, nomeada como Villino-Leonor, uma homenagem à sua esposa, Dona Leonor.
No início o local funcionava como colégio, o qual possuía internato e semi-internato sendo reconhecido como um dos melhores colégios da região. Entretanto, ao se tornar advogado e possuir um grande volume de trabalho, dr. Vasconcellos fechou o colégio que atualmente mantêm sua construção e estética originais.
Hoje, o palacete carrega poema escrito por Cyro Armando Catta Preta em homenagem ao advogado. O Castelinho:
"Na esquina da avenida do Café
Autêntica mansão na pequenina
Orlândia, na cidade pondo fé,
O doutor Vasconcellos bem na esquina
Ergueu seu castelinho que ainda hoje é
Uma história imagem orlandina
Que desafia o tempo e está de pé
Com seu mirante a olhar para a colina
A cidade, a lembrança do Advogado
Que tanto amou Orlândia no passado
Continua ali, viva a estimular
Com seu exemplo a novas gerações
A serem da cidade, os guardiões. " – Cyro Armando Catta Preta
Alfredo Vasconcellos graduou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1906, ao lado de Júlio Prestes.
Em 1930, o jornal Correio Paulistano publicou matéria relatando o encontro de Júlio Prestes com os outros alumni da Faculdade de Direito, no ano em que este venceu as eleições para presidir o país. Alfredo Vasconcellos participou deste encontro:
"Estiveram, hontem, às 16 horas, no palácio dos Campos Elyseos, afim de cumprimentar o sr. Dr. Júlio Prestes, pela sua significativa victoria no pleito de 1º de março, os seus antigos colegas de turma, na Faculdade de Direito de São Paulo..." Correio Paulistano, 1930
Sabe-se que Júlio Prestes foi o último presidente do Brasil eleito durante o período conhecido como República Velha e, embora tenha sido eleito através do voto, foi impedido de tomar posse do cargo de presidência culminando a Revolução de 1930 quando Getúlio Vargas assumiu a presidência provisória.
Em resposta à Revolução de 1930, houve a Revolução de 1932 que reivindicava um Estado democrático de direito. O ano de 1932 se caracterizou pelas lutas em favor da democracia e da liberdade sendo uma das questões centrais o desejo popular de haver uma nova Constituição e de eleições populares livres e democráticas.
A cidade de Orlândia participou deste momento com batalhões formados por voluntários e enviando contribuições materiais que auxiliaram a infraestrutura da Revolução de 1932.
O jornal Correio de S. Paulo (1932) publicou as contribuições das cidades do interior de São Paulo através de doações de alimentos e capacetes entre outros auxílios que foram enviados à organização.
"O prefeito de Orlândia, sr. Celso Torquato Junqueira, telegrafou a um amigo desta capital nos seguintes termos: ‘Orlândia já enviou 201 cavalos e tem aguardado embarques 170 bois gordos, nossa comissão provida por mim com 50 contos para manutenção família soldados que seguiram. Saudações. ’ – Celso Torquato Junqueira" Correio de S. Paulo, 1932
Júlio Prestes, que se encontrava em exílio desde 1930, voltou ao Brasil em 1934 após a reconstitucionalização do país. O jornal Correio Paulistano publicou matéria sobre o reencontro dos alumni da Faculdade de Direito do qual Alfredo Vasconcellos também participou:
"Agradecendo, o sr. Júlio Prestes, se mostrou agradecido pela manifestação ou pelas manifestações de apreço que em vários momentos de sua vida havia recebido dos seus colegas de universidade. Disse ainda que durante esses cinco lustros que os havia separado, eles sempre estiveram à direita do seu coração, quer nos momentos de jubilo, quer nos sombrios do seu exilio" Correio Paulistano, 1934