6ª Subseção

Em 1932, quando emergia a OAB/SP, quase simultaneamente surgiram suas primeiras 28 subseções, sendo a 6ª instalada na cidade de Jaboticabal.

No dia 1º de abril daquele ano, o jornal Diário Nacional publicou a lista de inscrições deferidas de advogados nas subseções. Em Jaboticabal estavam inscritos o dr. Leopoldino Amaral Meira e o dr. Pedro Doria:


Diário Nacional, 1932

Em 1933, ocorreu a primeira eleição para a diretoria e o início da documentação histórica na qual consta o dr. Leopoldino Amaral Meira como primeiro presidente:

"Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de mil novecentos e trinta e três, às 10 horas, na sala das audiências do edifício do Fórum desta comarca de Jaboticabal, presente o advogado Leopoldino Amaral Meira, presidente da mesa eleitoral, comigo Milton Mattos Braga, por ele convidado para servir de secretário, foram, pelo senho presidente, declarados abertos os trabalhos eleitorais" – Ata da 6ª subseção

1ª Diretoria

Presidente: Leopoldino Amaral Meira
1º Secretário: Valdemar da Rocha Barros
Tesoureiro: Vicente Checchia

Inicialmente, as reuniões e as atividades da 6ª subseção aconteciam no Fórum da cidade, situado na rua Barão do Rio Branco. Mais tarde, para otimizar o atendimento aos advogados, foi inaugurada a Casa do Advogado, em 1987, no terreno doado pela Prefeitura Municipal de Jaboticabal. Naquele ano, a subseção era presidida pelo dr. José Roberto Bottino.


Casa do Advogado em construção


Inauguração da Casa

Além da Casa do Advogado, a Subseção possui mais duas salas para atender os advogados, localizadas no Fórum Cível e no Fórum Trabalhista.

Diretoria Atual

Presidente: Andre Luis Bottino de Vasconcellos
Vice-Presidente: João Martins Neto
Secretário Geral: Rodrigo Fernandes Servidone
Secretária Adjunta: Lilian Regina Takahasi
Tesoureiro: Anisio De Paula Mello

Galeria de ex-presidentes

1932/1935 - Leopoldino do Amaral Meira
1935/1937 - Leopoldino do Amaral Meira
1937/1939 - Leopoldino do Amaral Meira
1939/1941 - Júlio Raposo do Amaral
1941/1943 - Waldemar da Rocha Barros
1943/1945 - Pedro Doria
1945/1947 - Pedro Doria
1947/1949 - Pedro Doria
1949/1951 - Pedro Doria
1951/1953 - Pedro Doria
1953/1955 - Pedro Doria
1955/1957 - Pedro Doria
1957/1959 - Pedro Doria
1959/1961 - Pedro Doria
1961/1963 - Pedro Doria
1963/1965 - Pedro Doria
1965/1967 - Nelson Jonhn de Biagi
1967/1969 - Tulio Marêo Rampazzo
1969/1971 - Tulio Marêo Rampazzo
1971/1973 - Tulio Marêo Rampazzo
1973/1975 - Arnaldo Morelli
1975/1977 - Antônio Arrobas Martins
1977/1979 - Annelo Raymundo
1979/1981 - Jeyner Valério
1981/1983 - José Roberto Bottino
1983/1985 - José Roberto Bottino
1985/1987 - José Roberto Bottino
1987/1989 - José Roberto Bottino
1989/1991 - Jeyner Valério
1991/1993 - José Nelson Borsari
1993/1995 - José Nelson Borsari
1995/1997 - Francisco Cassiano Teixeira
1998/2000 - Francisco Cassiano Teixeira
2001/2003 - Luiz Joaquim Bueno Trindade
2004/2006 - Paulo Cesar Talarico
2007/2009 - Sergio Aparecido Campi
2010 a 6/2013 - Alessandro Alamar Ferreira de Mattos
6/2013 a 12/2015 - Alicio Vilela da Cunha Junior

Um pouco mais de história...

Livraria Acadêmica – Difusora de Cultura

Fundada em 1931 pelo filho de imigrantes italianos Guerino Capalbo, a Livraria Acadêmica é um símbolo do incentivo à leitura e faz história em Jaboticabal e região até hoje.

Atualmente, a Livraria é administrada pelo advogado Clóvis Roberto Capalbo, filho do fundador. Seguindo os passos do pai, Clóvis Capalbo é uma das figuras mais relevantes no incentivo à leitura em Jaboticabal onde também atuou como historiador e escritor, produzindo livros sobre a história da cidade.

Clóvis Capalbo comenta que a poetisa Cora Coralina aportou em Jaboticabal em 1911 ao lado do advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, um visionário da classe dos advogados.


Cora Coralina e Clóvis Capalbo na Livraria Acadêmica em 1984

Um dos livros do acervo da Livraria Acadêmica foi escrito pelo primeiro presidente da 6ª subseção, o dr. Leopoldino do Amaral Meira, em 1928, intitulado "Estudo da Pose e das Ações Possessoriais segundo o Regimen do Código Civil Brasileiro".

Dr. Leopoldino escreveu outros títulos relacionados ao Direito como o livro "Ações de indenização, ou de reparação do dano" e realizou palestras no mesmo contexto.

Sobre os seus estudos, o jornal Correio Paulistano publicou em 1939 nota afirmando:

"Reunir-se-á, hoje, na sede do Instituto Historico e Geographico (...) o Conselho do Instituto dos Advogados, para discussão das novas propostas de sócios. (...) Na última sessão plenária, de 15 de agosto último, o dr. Leopoldino do Amaral Meira apresentou um interessante estudo sobre ‘Os juros e a usura no passado e no presente’ " Correio Paulistano, 1929


Correio Paulistano, 1929

Revolução de 1932

Em 1932, quando oficialmente nascia a Ordem dos Advogados em São Paulo e quase simultaneamente as suas primeiras 28 subseções, o Estado se encontrava imerso em um grande conflito político e ideológico. A data 9 de julho de 1932, início da revolução, é reconhecida como símbolo dessas lutas democráticas e revolucionárias.

Jaboticabal participou deste período histórico considerado o maior movimento cívico do Estado de São Paulo enviando batalhões com soldados voluntários e dando assistência material com alimentos entre outros donativos.

O jornal Diário Nacional publicou em julho 1932 nota sobre as cidades do interior de São Paulo que contribuíram para as causas constitucionalistas da época:

"Foi organizada aqui uma comissão encarregada de reunir gado para os soldados constitucionalistas. Nesse serviço se empenharão as seguintes pessoas: srs. João Braga Villela, Cosmo Mende, Ivo Starke, Abilio Lopes de Oliveira. Esta comissão angariou e já foram remetidas para S. Paulo, 211 cabeças de gado. Foram ainda organizadas diversas comissões para angariar outros donativos, 42 sacas de cereais. " Diário Nacional, 1932.

"As tropas constitucionalistas continuam a enviar do interior do Estado elevado número de voluntários. (...) De Jaboticabal seguiram para esta capital 90 reservistas, todos da melhor sociedade, contando-se entre eles um médico e dois bacharéis em direito. A população da cidade acompanhou-os até a estação, aclamando-os, tendo as famílias atirando flores sobre eles." Diário Nacional, 1932


Diário Nacional, 1932